Através do convite de residência artística de Bianca Bernardo - arte-educadora, diretora e gestora cultural do Espaço Saracvra - ao coletivo Anarca Filmes,  fora programado o projeto ANTI - residência fílmica antifascista, onde durante um mês o coletivo irá se reunir com outras artistas e pensadoras contemporâneas do Rio de Janeiro para pesquisar, refletir e propor ações audiovisuais que revejam o corpo-coletivo, o tempo e o espaço que estamos inseridos e nossas relações neles. É possível localizar e combater o olhar colonial através do audiovisual? Como utilizar o dispositivo fílmico como um gesto de complexificação das noções de representação hoje?
Como o Cinema e o Vídeo podem nos ajudar a pensar e produzir Outros Amanhãs? Como utilizar da dialética audiovisual para combater a ascenção do fascismo no Brasil hoje? Como utilizar da imagem para produzir discernimento crítico e questionar reprodução de opressões naturalizadas?
Essas são somente algumas perguntas que movem o selo nesse processo e não tem a menor pretensão de respondê-las com quaisquer fórmulas prontas. Estamos propondo utilizar do espaço disponibilizado para acolher corpos e sujeitas vibrantes, mobilizar discussões, interseccionalizá-las e utilizar da expressão artística e cinematográfica como dispositivos de luta e reinvenção.

Às sextas-feiras, 19 horas, as portas do Saracura vão estar abertas para receber o público para sessões de filmes, videoartes e conversas abertas com pensadoras convidadas e mediação. Uma tentativa de fomentar o encontro de ideias e refletir os movimentos do agora e por vir. Exercício de Curadoria e mediação.

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Santo Cristo, Rio de Janeiro.
Novembro de 2018